sábado, 8 de junho de 2013

CONHECENDO A LÍNGUA PORTUGUESA

Vírgula, crase e outras dúvidas -Está correto usar vírgula no caso abaixo: "Nem a guerra, nem as drogas." -Karina Lapido, Taubaté/SP- Está correto. Com a conjunção nem repetida, a vírgula é optativa. Exemplos de uso: - Nem isso nem aquilo. - Não vi nem um nem outro. - Não queremos nem a guerra, nem as drogas, nem a desigualdade. -A vírgula invariavelmente substituirá o verbo no caso de sua implicitude? Tenho minhas dúvidas. As frases a seguir são todas corretas? Eu sou belo; ele não. João derrotou José. Lucas, Manoel. A verdade dos fatos não pode ser contestada; seu contexto, sim. (ou "seu contexto sim"?) -Márcio S. Fontes, Florianópolis/SC- A vírgula não precisa obrigatoriamente tomar o lugar do verbo subentendido, isto é, quando há elipse, supressão verbal. A vírgula só é obrigatória no caso de ambiguidade, como sublinhava o gramático Celso Luft. Vamos aos exemplos indicados: 1) Eu sou belo; ele não. Frase correta. Não só a vírgula seria excessiva, dada a pequena extensão da frase ["ele, não"], como também seria desnecessária porque o verbo apareceria depois do "não": ele não [é]. Aí não se trata exatamente de vírgula no lugar de verbo elíptico. Em vez do ponto-e-vírgula também se poderia usar o conectivo 'e': "Eu sou belo e ele não". 2) João derrotou José. Lucas, Manoel. Vírgula necessária, pois sem ela entenderíamos "Lucas Manoel" como um nome só. 3) A verdade dos fatos não pode ser contestada; seu contexto, sim ou seu contexto sim. A vírgula antes de sim não está errada, mas tampouco é necessária. Fonte: Língua Brasil, outubro 2004 Maria Tereza de Queiroz Piacentini

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